Instrutores britânicos na Ucrânia poderiam se tornar "alvos legítimos", diz Medvedev

Medvedev também criticou aqueles na Alemanha que querem que Berlim forneça à Ucrânia mísseis de cruzeiro Taurus que poderiam atingir o território russo
247 - O ex-presidente russo Dmitry Medvedev disse neste domingo (1) que quaisquer soldados britânicos treinando tropas ucranianas na Ucrânia seriam alvos legítimos para as forças russas. Medvedev, que é vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, disse que tais atividades estavam aproximando a Terceira Guerra Mundial.Em uma publicação no Telegram, Medvedev respondeu ao recentemente nomeado ministro da Defesa britânico, Grant Shapps, que disse em uma entrevista a um jornal que Londres deseja enviar instrutores militares para a Ucrânia, além de treinar as forças armadas ucranianas na Grã-Bretanha ou em outros países ocidentais.O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse posteriormente no domingo que os soldados britânicos não serão enviados para participar do conflito na Ucrânia e que o treinamento do exército ucraniano por instrutores do Reino Unido no território da Ucrânia atualmente está fora de questão no curto prazo."(Isso irá) transformar seus instrutores em um alvo legítimo para nossas forças armadas ... entendendo perfeitamente que eles serão implacavelmente destruídos. E não como mercenários, mas especificamente como especialistas da OTAN britânicos", escreveu Medvedev no Telegram.Medvedev também criticou aqueles na Alemanha que querem que Berlim forneça à Ucrânia mísseis de cruzeiro Taurus que poderiam atingir o território russo. "Eles dizem que isso está de acordo com o direito internacional. Bem, nesse caso, ataques às fábricas alemãs onde esses mísseis são fabricados também estariam em plena conformidade com o direito internacional," disse Medvedev.De acordo com o Der Spiegel, o Ministério da Defesa alemão pediu ao fabricante do Taurus, MBDA, que integrasse restrições de programação sobre possíveis alvos em mísseis de cruzeiro de longo alcance. Com estas mudanças, o chanceler alemão, Olaf Scholz, pretende evitar a possibilidade de ataques ucranianos em território russo, informou a publicação.