Metroviários e funcionários da Sabesp devem confirmar greve para esta terça-feira, em São Paulo
247 – No estado de São Paulo, uma greve de 24 horas está programada para a próxima terça-feira, dia 3, e envolve funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). A decisão depende de uma assembleia na segunda-feira, 2, na qual os sindicalistas realizaram uma votação simbólica para confirmar o movimento grevista. Os motivos por trás dessa paralisação estão relacionados à oposição aos planos de privatização do governo, que abrangem linhas ferroviárias e a estatal de saneamento, segundo reportagem do Estado de S. Paulo.Os sindicatos defendem um maior diálogo com a sociedade sobre esses planos e a prevenção da degradação dos serviços públicos. No entanto, a gestão Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, classifica a greve como "política" e afirma que os projetos de concessão à iniciativa privada estão sendo debatidos.De acordo com o sindicato, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô devem ter suas atividades paralisadas durante a greve. É importante observar que as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, que são operadas por empresas privadas, não serão impactadas pelo movimento grevista. No caso da CPTM, o sindicato prevê a paralisação de todas as linhas geridas pelo setor público, o que inclui as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. Por outro lado, as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, sob gestão privada, continuarão operando normalmente durante o dia da greve.O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT) determinou que, nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h), tanto o Metrô quanto a CPTM devem operar com 100% dos serviços, enquanto nos demais horários a operação deve ser mantida em 80%. O descumprimento dessa decisão judicial pode resultar em multas substanciais para os sindicatos envolvidos, com valor de R$ 500 mil para cada um deles. No caso da Sabesp, a exigência é que 85% dos funcionários continuem trabalhando, com uma multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento. O tribunal justificou sua decisão com base na importância crítica desses serviços de transporte para a sociedade, afirmando que a paralisação afetaria diversos setores, incluindo hospitais, segurança pública e escolas.