Silvio Almeida leva pedido contra abusos da constelação familiar ao CNDH

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Especialistas alertaram em carta que a constelação familiar é uma prática desprovida de respaldo técnico ou científico, com alto potencial de violação dos direitos humanos

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247 - O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, tomou uma iniciativa importante ao encaminhar ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) um pedido da comunidade científica e acadêmica. O pedido visa abrir espaço para um debate sobre eventuais abusos relacionados à prática da "constelação familiar" como psicoterapia.O Instituto Questão de Ciência, presidido pela bióloga Natalia Pasternak, conselheiros do Conselho Federal de Psicologia e pesquisadores na área do Direito enviaram uma carta ao ministro Almeida, informou a CNN Brasil. Nela, argumentam que a constelação familiar é uma prática desprovida de respaldo técnico ou científico, com alto potencial de violação dos direitos humanos e conceitos questionáveis, como incesto e abuso sexual. Portanto, os signatários da carta consideram que a situação exige "atenção e providências."É importante destacar que Silvio Almeida não emitiu opinião sobre a constelação familiar, mas sua iniciativa de encaminhar o pedido ao CNDH demonstra a relevância do debate em torno dessa prática controversa. A constelação familiar é um método polêmico criado pelo filósofo alemão Bert Hellinger (1925-2019) que busca solucionar conflitos familiares através de técnicas de psicodrama. Questões mal resolvidas e mágoas acumuladas entre parentes, mesmo envolvendo aqueles que já faleceram há tempos, podem causar dor, sofrimento e prejudicar relacionamentos que atravessam gerações.Muitos acreditam que a técnica da Constelação Familiar Sistêmica pode ser um recurso benéfico, rápido e eficiente para romper esse ciclo penoso. No entanto, essa prática não possui respaldo científico e não é reconhecida nem pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) nem pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).A dinâmica da constelação familiar pode ser realizada em grupo ou individualmente. Durante a sessão, cenas que envolvem os sentimentos e sensações do indivíduo em relação à sua família são recriadas. Nas sessões em grupo, os voluntários e participantes vivenciam essas cenas, enquanto nas sessões individuais podem ser utilizadas esculturas de bonecos ou outros recursos para representar os diferentes papéis no sistema familiar.