Ministro do Trabalho critica lei da terceirização de Temer: "só está faltando chicotear"

Luiz Marinho argumentou que a aprovação da lei da terceirização levou a um "processo brutal de precarização" do trabalho e resultou no aumento do trabalho análogo à escravidão
247 - O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, fez duras críticas à lei da terceirização aprovada durante período em que o usurpador da República, Michel Temer, esteve à frente da presidência, em 2017. Em um evento promovido pela CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) nesta sexta-feira (6), o ministro expressou seu descontentamento com a legislação e a maneira como ela afetou os trabalhadores brasileiros.Marinho argumentou que a aprovação da lei da terceirização levou a um "processo brutal de precarização" do trabalho e resultou no aumento do trabalho análogo à escravidão. Em suas palavras, registradas pela coluna Painel da Folha de S. Paulo, o ministro destacou: "ah, mas ninguém foi chicoteado. Só está faltando isso. Só está faltando amarrar no tronco e chicotear, porque o resto...".O ministro também direcionou suas críticas às condições de trabalho dos trabalhadores por aplicativo, expressando preocupação com a noção de "empreendedorismo" disseminada pela mídia hegemônica entre a população. Ele questionou: "o coitado do menino pedalando 12 horas por dia, 14 horas por dia, é empreendedor com a sua bicicleta? Onde está o empreendedorismo [nessa situação]? Ser empreendedor pressupõe que ele seja dono das suas decisões, do que desejar fazer, para quem trabalhar, qual o preço da sua hora".