Mercado eleva projeção de inflação para 2024

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Expectativas para taxa de câmbio, balança comercial e investimento estrangeiro também são divulgadas pelo Banco Central

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247 -O mercado financeiro elevou ligeiramente suas estimativas para a inflação em 2024, passando de 3,87% para 3,88%, de acordo com o relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central. Para o ano de 2023, a expectativa de inflação permaneceu estável em 4,86%, continuando a superar o teto da meta estabelecida pelo governo.As informações compiladas no relatório são resultados de consultas a mais de 100 instituições financeiras realizadas na semana passada, destaca o G1. A projeção dos analistas para a inflação de 2023 permanece acima do limite superior da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25% neste ano, podendo variar entre 1,75% e 4,75%.Para o ano de 2024, a meta de inflação estabelecida pelo CMN é de 3%, sendo considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. O Banco Central, em sua estratégia para conter o aumento dos preços, já está mirando na meta do próximo ano e no objetivo para o início de 2025.Caso a projeção do mercado financeiro se concretize, este será o terceiro ano consecutivo em que a inflação ultrapassa o teto definido pelo governo. Em 2022, a inflação alcançou 5,79%, impactando diretamente o poder de compra da população, especialmente para aqueles com salários menores.Além das projeções de inflação, o relatório também apresenta outras estimativas do mercado financeiro, como a previsão estável para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 11,75% ao ano para o final de 2023. Para o fechamento de 2024, a expectativa do mercado é de uma taxa Selic de 9% ao ano.Quanto à taxa de câmbio, a projeção para o final de 2023 aumentou de R$ 4,95 para R$ 5, enquanto para o final de 2024 permaneceu estável em R$ 5,02. No que diz respeito à balança comercial, a estimativa de superávit subiu de R$ 72,1 bilhões para US$ 72,9 bilhões em 2023, mas para 2024 caiu de US$ 61 bilhões para US$ 60,6 bilhões. Quanto aos investimentos estrangeiros diretos no Brasil, a previsão permanece em US$ 80 bilhões para este ano e para o próximo.