Quilombos e cultos afro-brasileiros na mostra de Lamberto Scipioni
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Matrizes afro-brasileiras celebra a identidade nacional no III Festival Mario de Andrade. A mostra é gratuita e vai de 13 de outubro a 5 de novembro no Centro Cultural São Paulo
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Por Luis Pellegrini - Das expedições realizadas às terras de preto, como também são chamados os quilombos, em 1988 e 89, o fotógrafo Lamberto Scipioni trouxe muitas imagens e sensações. Elas estarão expostas no Centro Cultural São Paulo, de 13 de outubro a 05 de novembro, em 80 fotografias e cinco banners de tecido. As viagens que o fotógrafo realizou se assemelham à Missão de Pesquisas Folclóricas que Mario de Andrade empreendeu nas décadas de 20 e 30 pelo Norte, Nordeste e Sul do Brasil. Altares, terreiros, festividades, rituais e cenas corriqueiras estarão retratados nas salas Quilombos e Sincretismos. Com curadoria de Ademar Britto Junior, a mostra presta homenagem a Mario, à pesquisadora Glória Moura e Emanuel Araújo e apresenta, ainda, um vídeo/documentário de 15 minutos feito especialmente para o evento.Quilombos reúne 40 fotografias sobre as expedições que Scipioni realizou com a antropóloga Glória Moura, no final dos anos 80, em diferentes regiões do Brasil: Itapecuru-mirim (MA), Mato do Tição (MG) e Aguapé (RS). O visitante poderá contemplar o “modus vivendi” dos lugares visitados como se estivesse numa praça típica dos quilombos. Já Sincretismos tenta recompor o clima de espiritualidade dos terreiros de candomblé e umbanda com retratos dos pais e mães de santo, como Mãe Menininha do Gantois, o babalorixá Pierre Verger, Mãe Stella de Oxóssi e o Babalorixá Carlos Buby, do Templo Guaracy de Umbanda de São Paulo. Imagens das festas de São Lázaro e São Roque / sincretizados com o orixá Omolu (Salvador – BA) e manifestações culturais/religiosas como as da Irmandade da Boa Morte (Cachoeira – BA) também compõem o espaço.“Por meio dessas imagens, procurei transmitir a emoção atávica que senti quando procurávamos chegar à comunidade quilombola de Santa Rosa dos Pretos (MA) e fomos guiados pelos sons dos atabaques. Cheguei, havia uma grande roda e as pessoas dançavam. Entrei nela, por puro impulso, e quase imediatamente me senti um deles”, afirma Scipioni.Promovida pela Biblioteca Mario de Andrade e pela Prefeitura de São Paulo, a exposição faz parte da programação do III Festival Mario de Andrade. Matrizes afro-brasileiras – Abertura dia 13/10, às 14hDe 14/10 a 05/11 (terça a domingo), das 10h às 21hCentro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1000 - Liberdade