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Brasil247.com
Октябрь
2023

Muçulmano não é terrorista

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A tendência da imprensa corporativa brasileira de apoiar as ações israelenses no conflito palestino decorre de seu histórico alinhamento com os Estados Unidos

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Há uma tendência à rejeição, que induz a olhar o próximo não como um irmão a ser acolhido, mas como alguém deixado fora do nosso horizonte de vida pessoal, transformando-o, antes que em concorrente, em súdito a ser dominado. Trata-se de uma mentalidade geradora da cultura do descarte, que não poupa nada e ninguém. De tal cultura nasce uma humanidade ferida, continuamente dilacerada por tensões e conflitos de toda espécie.”As aspas acima são do Papa Francisco e datam de janeiro de 2015, logo após o ataque à sede do humorístico Charlie Hebdo, em Paris. A cultura do descarte - antes, o aprisionamento e o subjugo - é justamente o que Israel vem impingindo aos palestinos desde sempre. Aqui não se passará pano para o ataque cruel do Hamas e o rapto de civis, muito menos se procurará justificar a monstruosidade da resposta israelense. Nada que tenha civis como alvo merece ser aplaudido.O cenário dantesco da Palestina, um verdadeiro inferno para os que lá vivem e de lá não podem sair, encontra boa dose de aprovação do lado de cá - o Ocidente, tido por simplistas como a parte civilizada do mundo. Essa aprovação resulta de um entendimento absolutamente falso, e intensamente disseminado, de que muçulmanos são potencialmente terroristas. Como os Estados Unidos quiseram fazer crer depois do 11 de Setembro.Os legítimos adeptos da fé islâmica não tramam a dizimação de quem quer que seja. Quem acredita nisso desconhece a verdadeira religião muçulmana. No Alcorão Sagrado não há nenhum versículo condenando qualquer pessoa que blasfeme contra a religião. Aliás, o profeta Mohamed (Maomé) sofria blasfêmias e nunca as respondia, sempre virava as costas. Essa explicação nos foi dada tempos atrás pelo xeique Houssan Al Boustani, fundador do Conselho Superior de Teólogos e Assuntos Islâmicos do Brasil. Ele desmente a retórica jihadista.Segundo nos dizia Al Boustami, não existem partidos islâmicos dirigidos por líderes religiosos formados academicamente na teoria islâmica. Al Zawahiri, chefe assassinado da Al-Qaeda, nunca estudou a religião islâmica, tampouco Bin Laden. Os muçulmanos de verdade não acreditam em partidos ou estados religiosos.Os milhões de muçulmanos que vivem na Europa desejam ser integrados à sociedade europeia. Desde Segunda Guerra Mundial, ou mesmo antes, a Europa tem recebido imigrantes de origem árabe, mas os governos europeus não têm encontrado o mecanismo correto para que esses imigrantes se integrem. Até há pouco tempo, na Bulgária, um partido extremista levava carros de som para a frente dos templos muçulmanos às sextas-feiras, na hora da reza, e impedia o culto.Em 2015, o ataque contra o Charlie Hebdo, perpetrado pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi (que nasceram, cresceram e estudaram na França), vestidos de preto e armados com fuzis Kalashnikov, gerou uma passeata de repúdio ao “terrorismo muçulmano”. Na caminhada parisiense, suprassumo de hipocrisia, estavam políticos como o presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, que dispensa descrições, Abdulah Al-Nahyan, ministro do Exterior dos Emirados Árabes, país que financia jihadistas e aprisiona jornalistas sem julgamento, e o então primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, que instituíra uma espécie de “lei da mordaça” contra a cobertura de protestos de rua, entre outras “celebridades”.A tendência da imprensa corporativa brasileira de apoiar, sem mensurar causas e consequências, as ações israelenses no conflito palestino decorre de seu histórico alinhamento com os Estados Unidos, alinhamento cego e incondicional. O mesmo que lhe faz pespegar a visão míope de que o indivíduo muçulmano é um terrorista em potencial.











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