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Brasil247.com
Октябрь
2023

O despertar da civilização ecossocialista no Tibete

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Trajetória transformadora do Tibete, e do Oeste da China mais amplamente, demonstra na prática o surgimento de um novo paradigma de desenvolvimento aliado à preservação

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Por Leonardo Sobreira* (247) - O Tibete se revela na intersecção das eras. Em Lhasa, a capital, o legado milenar entrelaça-se com os pulsos frenéticos da inovação. Templos religiosos convivem lado a lado com novos arranha-céus cintilantes, criando um mosaico vivo que define o surgimento de uma nova civilização “no teto do mundo”.O Novo Distrito de Lhasa, a uns 30 minutos do centro da capital tibetana, ergue-se como um monumento à transformação. Desde sua fundação em 2007, ele se expandiu para abrigar 14 mil empresas, com a 'Colmeia Liu' no seu epicentro. Esta incubadora de inovação abriga uma diversidade de mentes brilhantes, dedicadas a áreas desde biotecnologia até desenhos animados e energia renovável. Das 140 mil pessoas empregadas nesse local, 2.700 atuam diretamente na chamada “zona de inovação”, usufruindo de uma gama de benefícios como apoio financeiro estatal, vantagens fiscais e juros competitivos, contou um representante da Colmeia durante uma apresentação a visitantes estrangeiros.No pulsar deste novo Tibete, o ímpeto modernizador tem sido fundamental para elevar o padrão de vida e renda da população. Mas uma preocupação central nos últimos anos foi garantir que o campo não fique para trás. A geografia desafiadora, outrora uma barreira para a agricultura, testemunhou uma profunda transformação das áreas rurais. Nesse espaço, o ideal de revitalização se manifesta, em força equivalente à dos centros tecnológicos.Embora o terreno desafiador tenha, no passado, tolhido o crescimento agrícola, hoje, sob o manto das reformas, o campo evolui. Em 2021, um feito notável: enquanto a renda nas cidades tibetanas pulsava com um crescimento de 13%, ultrapassando em 4,8 pontos percentuais a média nacional, o rendimento disponível per capita dos agricultores e pastores tibetanos cresceu em impressionantes 16%, levando a região ao topo do ranking nacional pelo sétimo ano consecutivo.Zhang Yun, pesquisador do Centro de Tibetologia de Beijing, pondera sobre a filosofia oficial: uma prosperidade moderada que abrace a todos, um pensamento confucionista que ressoa com os princípios do Partido Comunista Chinês.Nesses vales montanhosos, trens, velhos e novos, cruzam caminhos. Os mais antigos, com sua cadência e aconchego, são ofuscados no meio da noite pelos rasantes e modernos trens de alta velocidade. O crescimento de uma infraestrutura robusta, reforçada por uma década de investimentos, não só alicerçou a economia tibetana, mas trouxe também o chamado "ecoturismo".Cada estação vê milhões todos os anos, movidos pela curiosidade, marchando em direção ao Tibete. Numa parada no meio do caminho ainda em Qinghai, às margens do lago homônimo, que traduz para ‘águas azuis’, um vilarejo destaca-se pelo ecoturismo. A família do chefe do Partido na pequena comunidade serve como testemunho da transformação gerada por essa nova atividade econômica. Em sua modesta casa pé na areia, ele delineia planos audaciosos: construir um resort grandioso para atrair ainda mais turistas.A província de Qinghai também está na vanguarda das fontes de energia renováveis, com seus desertos e pastagens constituindo sua maior base no mundo. O trem vaga lentamente pela Prefeitura Autônoma Tibetana de Hainan. Onde as montanhas recedem gradativamente abrindo o céu azul, ergue-se uma futurística torre térmica solar sobre a imensidão de painéis solares. Essa região, Talatan, já foi uma paisagem de areia varrida pelo vento, atormentada pela seca e pelo pastoreio excessivo, e agora contribui em peso para mover os centros de carga do outro lado do país.Em um recanto de Lhasa, o Pantanal de Lhalu emerge como emblema de uma 'civilização ecológica'. O que outrora foi relegado a um entulho a céu aberto até o final da década de 1990, agora ressurge como o maior pantanal urbano do mundo. Os habitantes foram reassentados, os lixões a céu aberto foram limpos e as espécies locais, restauradas. Agora, o parque natural absorve 70 mil toneladas de CO2 por ano, deixando a capital tibetana em 98% dos dias com boa qualidade do ar.O Tibete funciona como um ecossistema integrado, onde cada parte vibra em sintonia. Em um território onde as florestas não possuem donos privados, os rios são zelados por guardiões escolhidos, mobilizando a região em torno da conservação. Aproximadamente 700 mil integram este programa comunitário, com agricultores desempenhando uma função vital, registrando a biodiversidade e sendo recompensados por seus esforços. A restauração da população de antílopes é apenas uma das inúmeras conquistas ecológicas.Esta mobilização comunitária pela conservação não se limita a uma iniciativa local. No 20° Congresso do Partido Comunista da China no ano passado, uma série de dirigentes saudou essa iniciativa como um diferencial na abordagem chinesa, criando um novo padrão de desenvolvimento aliado à preservação ambiental. Não apenas para a região ecologicamente sensível do Oeste chinês, mas para o futuro de toda a China e, por extensão, do nosso planeta. Aqui desponta a primeira civilização ecossocialista da história da humanidade.* Leonardo Sobreira é editor-executivo do portal Brasil 247 e esteve entre os dias 13/09 e 27/09 na China, a convite da Embaixada Chinesa em Brasília, tendo visitado as regiões de Beijing, Qinghai e Xizang.











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