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Brasil247.com
Октябрь
2023

Matança em Deir Yassin (ou, não há mocinhos e bandidos apenas)

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Sim, o sionismo manteve milicianos e guerrilheiros até 1948 em atividade na Palestina.

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O ataque terrorista do Hamas ceifou a vida de civis, inclusive de crianças e mulheres, isso é inaceitável para quem se reconhece de esquerda, há boas justificativas para todas as incivilidades que o ser humano faz na face da terra, mas o terrorismo e os crimes contra da humanidade são, a meu juízo imperdoáveis.Feita essa introdução comento o título desse artigo.O título do artigo poderia ser de um filme do Tarantino, pois a matança que aconteceu em Deir Yassin deixaria a Beatrix Kidoo, personagem de Uma Thurman no filme Kill Bill, enjoada (para quem não lembra o massacre de Deir Yassin foi uma matança de cerca de 254 civis palestinos desarmados, ocorrida na Vila de Deir Yassin, nas proximidades de Jerusalém, durante o mandato britânico na Palestina. A guerrilha sionista foi responsável pelo massacre).Sim, o sionismo manteve milicianos e guerrilheiros até 1948 em atividade na Palestina.Massacres como o que aconteceu em Deir Yassin eram comuns no final do século XIX, e o citado em especial, em razão do número elevado de vítimas teve um impacto considerável no conflito que já ocorria na região, criou pânico e há quem indique ter sido uma das principais causas do êxodo palestino de 1948 e foi condenado universalmente à época, inclusive pelo comando do Haganah.Ler sobre a História da questão Palestina exige, pelo menos para mim, atenção a palavras e expressões que não conheço.Pesquisando descobri que, antes das correntes migratórias sionistas chegarem à Palestina, então sob controle do Império Otomano, viviam por lá cerca de 25 mil judeus de forma pacífica com os muçulmanos e cristãos.Contudo, sob inspiração da ideologia sionista e antes da criação do Estado de Israel, do final do século XIX até 1948 “aldeias foram varridas do mapa pela Haganah, a principal organização armada clandestina sionista, e por dois esquadrões da morte especializados nos métodos mais cruéis e covardes de ação terrorista”, como escreveu o professor João Quartim de Moraes no seu “1948-2018: O rastro de sangue do facho-sionismo”.Fui procurar o que é a Haganah e descobri que tratou-se de uma organização paramilitar sionista, uma espécie de milicia que protegia os Yishuv – nome daqueles que migraram para a Palestina a partir do final do século XIX.A Haganah nunca foi extinta, ela transformou-se nas “Forças de Defesa de Israel” atualmente, ou seja, ao contrário dos judeus que viviam em paz na Palestina, os judeus sionistas que migraram para a Palestina a partir do final do século XIX levaram para a Terra Santa a cultura da guerra e da morte para apropriarem0se de terras, muito antes de da ONU criar o Estado de Israel.Outra palavra nova para mim: “Yishuv”. Os Yishuv – que significa literalmente ‘assentamento’ – são aqueles que migraram para a Terra Santa antes da criação do Estado de Israel, durante o mandato britânico na Palestina.É necessária uma distinção: existe o termo "velho Yishuv” (que refere-se ao conjunto dos judeus que viviam na Palestrina sob o Império Otomano, antes do sionismo; seus descendentes e, por extensão, os imigrantes religiosos que se juntaram a essas comunidades ortodoxas antes da criação do Estado de Israel) e o termo "novo Yishuv" (que designa as populações judias que se estabeleceram na região no contexto do projeto sionista).Os judeus do "velho Yishuv", ou haredim, são ortodoxos, e viviam principalmente em Jerusalém, Safed, Tiberias e Hebrom, e, em grupos menores, em Jafa, Haifa, Peki’in, Acre, Shefa-Amr e em Gaza, dedicam-se ao estudo da Torá, vivendo de doações de judeus que viviam por todo o mundo.O "velho Yishuv" foi hostil ao sionismo, pois, segundo eles, é um movimento de revolta contra a religião. Do "velho Yishuv" derivou a organização fundamentalista judia “Edah-Haredit”, que é uma federação ampla de grupos ortodoxos judeus autônomos, com seus próprios tribunais rabínicos. A ideologia dos grupos que o integram tem tendência antissionista.Ou seja, o sionismo é uma ideologia ou um movimento político que não encantou todos os judeus imediatamente e ainda não é unanimidade; o processo de ocupação da Palestina pelos judeus sionistas foi, e ainda é, violento e criminoso; citei acima o exemplo do massacre de Deir Yassin.As milicias sionistas não pouparam sequer mulheres grávidas, cujo ventre foi aberto a facadas, dezenas de meninas foram estupradas, um recém-nascido foi arrancado dos braços de sua mãe, jogado ao chão e pisoteado e a obra de destruição da aldeia foi completada com dinamite.No livro “Ô Jerusalém”, os jornalistas Dominique Lapierre e Larry Collins – que serviu de base a um filme do mesmo nome -, cujas pesquisas merecem crédito, revelaram o horror desse episódio. ouviram os depoimentos dos poucos sobreviventes.Essa é uma história que não pode ser esquecida.Num momento como esse que vivemos, com quatorze conflitos armados ocorrendo no mundo ao mesmo tempo, com destaque midiático para a invasão Russa à Ucrânia e aos conflitos na Palestina, pode parecer inadequado falar sobre o filme “Ô Jerusalém”, mas, a meu juízo, o é, pois, precisamos sonhar com a possibilidade de que a PAZ é uma possibilidade.No filme um árabe e um judeu ficam amigos em Nova York – e logo vão para a Palestina... Não vou contar mais nada, apenas recomendar: assistam, pois, apesar do tom pacifista, esperançoso, talvez até sonhador, o que seria da humanidade sem o sonho e esperança.Concluo dizendo que se o revide não parar agora em alguns anos estaremos, novamente, buscando justificativa para a nossa incivilidade e para a nossa incapacidade de ceder em nome da vida e da PAZ.Essas são as reflexões.











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