O Estado precisa prover segurança a pessoas como Breno Altman e Michel Gherman, diz Pedro Serrano

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Segundo o jurista, é preciso não apenas garantir a proteção do jornalista e do pesquisador, como também investigar quem ameaçou

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247 - Apesar de divergir com os pontos de vista externados pelo jornalista Breno Altman, o jurista Pedro Serrano alertou nesta segunda-feira (16) em entrevista à TV 247 que o fundador do site Opera Mundi e o professor Michel Gherman, historiador especialista no conflito árabe-israelense, precisam de proteção depois de terem sido ameaçados. Pelo menos 4.208 pessoas morreram nos últimos dez anos após o início da nova guerra - 2.808 palestinos e 1.400 israelenses."O Estado precisa prover segurança física. Essa gente está ameaçada", afirmou. "Sou absolutamente solidário. Inconstitucional, desumano, inaceitável esse tipo de postura de setores da ultradireita israelense, sionistas, que estão querendo atacar o Breno Altman. Gherman é um sujeito de muito valor, equilibrado. O extremista tem que ser punido. A lei é clara. É preciso investigar criminalmente. A inteligência da polícia tem que atuar", afirmou. ""Sou tão contra o Hamas como contra a extrema-direita israelens ou qualquer extrema-direita no mundo. E contra qualquer fundamentalismo religioso".Integrantes de grupo de WhatsApp fizeram ameaças de agressões ao jornalista Breno Altman, judeu e editor do Opera Mundi, que tem feito manifestações contra o "apartheid", o "estado colonial de Israel" e o "genocídio".Na última terça-feira (10), o professor Michel Gherman, doutor em História Social, foi ameaçados por alunos. O pesquisador classifica o grupo Hamas como terrorista. Antes do seu discurso, discutia-se o ataque a Israel como uma “reação de resistência” e um “ato desesperado”.O governo israelense, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou ter sido atacado no último dia 7 da Faixa de Gaza por integrantes do Hamas. Segundo reportagem publicada pelo Intercept na última sexta (13), nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e da Faixa de Gaza desde 1967, a Autoridade Nacional Palestina, estabelecida nos Acordos de Oslo (1993), "tem o poder de uma prefeitura: assegura serviços como educação, saúde, transporte, etc". "Mas o poder de controlar fronteiras, finanças, comércio, entre outros, pertence exclusivamente ao estado de Israel, o que limita severamente a autodeterminação palestina".O governo israelense, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou ter sido atacado no último dia 7 da Faixa de Gaza por integrantes do Hamas, grupo que nasceu nos anos 80 e é uma das principais organizações islâmicas. A maioria dos membros da organização é sunita, que representa cerca de 90% dos muçulmanos e, segundo esta corrente de pensamento, o califa - chefe de Estado e sucessor de Maomé (570-632), deveria ser eleito pelos muçulmanos. O Hamas está pronto para iniciar alguma forma de diálogo com o governo de Israel para negociar um cessar-fogo entre as partes, disse Moussa Abu Marzouk, um dos líderes do alto escalão do grupo.O Hezbollah também entrou no conflito e atacou Israel. O grupo é libanês, de maioria xiita, e surgiu durante a ocupação israelense do Sul do Líbano nos anos 1980 e 1990. Para os adeptos desta corrente, o profeta e sucessor legítimo deveria ser Ali (601-661), genro de Maomé.Os dois grupos (Hamas e Hezbollah) são considerados terroristas por países como os Estados Unidos e o Reino Unido. EUA, França, Alemanha, Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia e País de Gales) e Itália fizeram uma declaração conjunta de apoio a Israel contra a entidade islâmica.O governo brasileiro, que preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), defendeu a criação de um Estado palestino. Nesta terça (10), algumas capitais brasileiras terão manifestações em apoio aos palestinos.