Lula orienta equipe a não aceitar adiamentos indefinidos da votação na ONU sobre o conflito no Oriente Médio
img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231017221020_e6a8dc17-4636-4e85-bae6-09f9206292ee.jpg" width="610" height="380" hspace="5" /
Aliados do governo brasileiro tentam acelerar a criação de um corredor humanitário na Faixa de Gaza, onde palestinos e israelenses estão em guerra
br clear="all"
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou diplomatas brasileiros na presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a não aceitarem "ficar adiando indefinidamente" a votação de uma resolução para criar um corredor humanitário na Faixa de Gaza, com o objetivo de permitir a entrada de produtos necessários à sobrevivência e a saída de estrangeiros, crianças, mulheres e idosos do território, que fica entre o Egito, na África, e Israel, na Ásia.De acordo com informações publicadas no blog do Valdo Cruz, Lula espera que o texto seja aprovado em reunião do conselho marcada para esta terça-feira (17). O presidente entendeu que o adiamento da votação vai prejudicar a aplicação de soluções contra a guerra no Oriente Médio. Um diplomata afirmou ao colunista que "não é possível aceitar novos adiamentos, há o risco de uma invasão por terra, tornando a situação catastrófica na Faixa de Gaza". "Ficar cozinhando a votação contribui para agravar a tragédia na região", disse.A votação do texto estava prevista para segunda-feira (16), mas foi adiada depois que 13 dos 15 membros do Conselho de Segurança pediram para que a votação da resolução articulada por autoridades brasileiras ficasse para esta terça. O presidente Lula e seus aliados querem evitar que cinco países com poder de veto na ONU (Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia) manifestem posições contrárias a um documento favorável ao término da guerra, ainda que de forma temporária.Nesta terça, um crime de guerra chamou atenção de autoridades e outras nações, que foi o ataque a um hospital na Faixa de Gaza. Ao menos 500 pessoas morreram. Países como, Arábia Saudita (Ásia), Canadá (América do Norte), Catar (Ásia), Egito (África), Emirados Árabes Unidos (Ásia), Irã (Ásia) e Turquia (Euroásia) condenaram a ação das tropas de Israel, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.O Presidente da Federação Árabe Palestina no Brasil, Ualid Rabah, fez um apelo ao governo brasileiro para que sejam rompidas imediatamente as relações diplomáticas com Israel. As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) estão conduzindo investigações, após os relatos de um míssil atingindo um hospital na Faixa de Gaza. Um porta-voz do governo admitiu que Israel bombardeou a unidade hospitalar e depois excluiu o tweet.O governo israelense, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou ter sido atacado no último dia 6 da Faixa de Gaza por integrantes do Hamas, organização islâmica sunita e que representa cerca de 90% dos muçulmanos. Mais de 4 mil pessoas morreram desde aquele dia - 1,4 mil israelenses e 3 mil palestinos.Além da Faixa de Gaza, palestinos ocupam a Cisjordânia, a maior das áreas ocupadas dessa nação - quase 6 mil quilômetros quadrados (km²). Os Acordos de Armistício de 1949 definiram a fronteira provisória entre Israel e Jordânia. O território a oeste do Rio Jordão foi anexado à Jordânia, que passou a se chamar Cisjordânia. A anexação ainda causa discordâncias entre autoridades de países mais próximos do governo israelense e de outras nações com mais proximidade à região ocupada pelo povo da Palestina, também formada por Jerusalém Oriental, outro motivo de conflitos com o governo israelense, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.