O Bis da questão
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O Bis é mais gostoso com a exposição da extrema direita ou a exposição da extrema direita deixa o Bis mais gostoso?
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Contam que se existe um cancelamento espontâneo de pessoas e empresas que tem alguma ligação de discurso de ódio contra minorias ou que propagam fakenews propositais para beneficiar políticos, pode existir movimentos em redes sociais para boicotar aqueles que são marcados pela direita como esquerdistas comunistas. É uma guerra de versões, onde um influenciador aponta o dedo e convoca uma massa para uma manifestação. No caso, o produto BIS que está apoiado pelo influenciador Felipe Neto. Como é um movimento para causar impacto, o movimento tenta atacar um produto por causa do influencer. O movimento seguido pela direita brasileira é apenas momentâneo, não tem um caráter racional e apenas emocional. Compram o produto, para filmarem jogando no lixo. Para a empresa, nunca se vendeu tanto o produto, chegando a ter suas ações em alta, dias seguidos. Para uma empresa capitalista, que visa o lucro, foi uma campanha perfeita. Para Felipe Neto, cada vez mais tem sua imagem celebrada e lembrada. Para o movimento, nada foi efetivamente conquistado e ainda passam uma imagem negativa para a população, afinal em um país miserável, em recuperação o número de famélicos do país, as imagens são de ricos jogando comida no lixo. Por conta de um fanatismo político, as ações de ódio provocadas por bolsonaristas não tem limite. Mesmo alguns que não tiveram coragem de jogar comida no lixo, propuseram trocar por um biscoito análogo, o Kit Kat, esquecendo que é um produto que estimula inclusão social. Já fizeram campanhas LGBTQIAP+, tudo que o movimento Pátria, família e tradição mais renegam. Se tivessem pensado um pouco melhor, poderiam ter escolhido a kopenhagem, preferida de Flávio Bolsonaro. A estratégia de boicotar produtos ou empresas que apoiam a esquerda não é nova. E mesmo que essa exposição possa configurar atitude ilícita, e pior feita por servidores públicos como no caso do prefeito de Sorocaba, não se furtam a tentar mostrar o ativismo de extrema direita nas redes sociais. Hoje, esses atos estão sendo configurados de forma jurídica para contemplar os novos tempos.Muitos achavam que após as primeiras condenações aos atos de oito de janeiro, o país começaria a tomar um rumo mais pacífico ou pelo menos, menos virulento em relação a posições e opiniões, mas ledo engano. A extrema direita está viva. E articulada mundialmente através da internet. A disputa por boicotar um produto alimentício ou não é muito pequena em relação as questões realmente importantes com duas guerras acontecendo e o clima da Terra enfurecido. Um biscoito Bis é alimento para descontrair, de baixo custo. Próprio para todas as camadas sociais. Um produto que deve ser consumido com moderação, mesmo com 35 calorias. Possui 14 gramas de açucares, 19 gramas de carboidratos que por vezes tem pouca quantidade de chocolate, mas uma fórmula muito envolvente. Para estrangeiros, uma guloseima exótica. Nunca foi a intensão de ser um chocolate nobre. A maior parte dos chocolates vendidos no país são populares. Um boicote feito por ricos, que também propõe a mudança para um chocolate nobre suíço, não afeta as vendas das camadas de maior consumo do país.É constrangedor ver analistas internacionais observando esse comportamento e tentar falar que as coisas estão indo bem no país. Apesar das melhoras na economia, do Brasil liderar o mundo em questões relevantes, de ser presidente do BID, de ter a volta de programas sociais, ter esse debate em proporções nacionais. E a curiosidade continua: o Bis é mais gostoso com a exposição da extrema direita ou a exposição da extrema direita deixa o Bis mais gostoso?