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Brasil247.com
Октябрь
2023

Neymar nunca esteve à altura da História do futebol brasileiro. Agora que ambos acabaram, é hora de renascer

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Se ambos, Neymar e a Seleção, fecharam seus ciclos biográficos com capítulos deletérios, então é hora de conclamar: renasçamos, pois. De preferência, sem eles

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Com muito boa vontade e caso siga à risca a pesada rotina de fisioterapia das cirurgias às quais se submeterá no joelho direito para recuperar os ligamentos cruzados e o menisco, Neymar só voltará a disputar uma partida de futebol de forma competitiva em outubro de 2024. Até lá, espera-se, o futebol brasileiro terá renascido em meio às ruínas nas quais se encontra e uma nova geração de atletas com desempenho técnico aceitável para envergar a camisa da Seleção terá surgido. No momento, o jogador do medíocre Al Hilal, derrotado em todos os projetos ambiciosos nos quais se meteu desde que deixou o Santos Futebol Clube, na aurora de sua carreira e já com os títulos de campeão brasileiro e da Libertadores, é página virada no esporte bretão. Neymar nunca serviu com decência, nem com mínima competência, ao escrete nacional. Jamais foi protagonista em Copas do Mundo; nos torneios regionais, sempre foi coadjuvante. Arrogante, prepotente, malcriado, mal educado, encrenqueiro, desagregador e ridiculamente servil a projetos políticos de extrema-direita, ele nunca esteve à altura da História do futebol brasileiro.Sim, o futebol teve uma história por aqui. Em nossos gramados, sempre mal cuidados, costumava-se promover técnicas e táticas inovadoras até o início do Século 21. A equipe pentacampeã de 2002, se não era um primor absoluto de técnica como a de 1970, foi um dos grandes conjuntos a desfilar pelos estádios do Japão e da Coréia e praticava algo semelhante ao “futebol total” que hoje é a marca da espantosa qualidade técnica da Premier League. Nossos técnicos eram admirados, copiados e disputados no mercado internacional. Sem precisar falar do inovador e revolucionário Telê Santana, admirado por Johann Cruyff, Pep Guardiola, Jüergen Klopp, Marcelo Bielsa e Lionel Scaloni, entre outros, recorro ao folclórico Joel Santana, que liderou a montagem de uma boa seleção sul-africana, e até o raquiticamente carrancudo Givanildo Oliveira, que levou o surpreendente Paysandu a vencer o Boca Juniors em La Bombonera durante uma Copa Libertadores.No início da carreira de Neymar, na Vila Belmiro, Dorival Júnior e Renê Simões, em momentos diferentes, ensaiaram enquadrar o atleta que despontava nas divisões de base da Academia que havia dado um Pelé, um Pepe, um Clodoaldo ao mundo. Técnicos do time santista, Dorival e Renê cometeram a correta ousadia de tentar ensinar ao molecote mimado e já agenciado pelo próprio pai que futebol é esporte que se joga em equipe e para a equipe; e que os resultados dentro de campo impactam a vida de quem se apega com fervor às nesgas de glórias na bola num País tão injusto, desigual e desumano. A cartolagem mal-sã, a crônica esportiva rastaquera e as infames torcidas organizadas foram implacáveis nas críticas aos treinadores e lá atrás criaram o costume detestável em Neymar: sempre oferecer a cabeça para que lhe alisem os pelos descoloridos depois dos males feitos dentro e fora das quatro linhas. Com o consórcio de todos esses atores, portanto, o monstro interior de Neymar foi crescendo e governando a personalidade dele até o ponto de torná-lo um ser intratável e, creio, irrecuperável.Mas, se a História registrou que um dia houve um futebol brasileiro a ser copiado como modelo para o mundo, ela também nos legou um “conto de fadas” protagonizado pelo ogro Ronaldo Nazário (vulgarmente conhecido como “Ronaldinho Fenômeno”). Anti-herói de nossa derrota em 1998, quando não devia ter entrado em campo porque havia tido convulsões na véspera da final contra a França, Ronaldo estourou todos os ligamentos dos dois joelhos a dois anos da Copa de 2002. Enquanto se operava no melhor centro de ortopedia do planeta, em Paris, era inimaginável que retomasse a prática esportiva em alto nível. Porém, com determinação e denodo inigualáveis, ele conseguiu. Em 2002, estava no auge de sua forma e nos conduziu aos píncaros da glória junto com a companhia luxuosa de outros grandes craques de Copa única: Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. Depois do fiasco monstruoso do Stade de France, quando perdemos por 3 a 0 para uma seleção francesa liderada pelo magistral Zidane, o Brasil renasceu nos gramados do Japão e da Coréia. Não reconheço em Neymar os ímpetos e as ambições de Ronaldo. Se um era “fenômeno”, mesmo que chato em alguns momentos, contudo sem jamais poder ser acusado de arrogante e intratável, Neymar Jr. nunca deixou de ser o filho mimado e deformado por uma paternidade obtusa e tóxica.O Brasil tem, hoje, uma das Confederações de futebol mais desorganizadas e desqualificadas do mundo. A CBF conseguiu desmoralizar o Campeonato Brasileiro, as séries B, C e D, o futebol feminino, a comercialização dos direitos de transmissão, os campeonatos estaduais e regionais… tudo! O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, cuja trajetória até o cargo suscitou esperanças de reviravoltas e enterro da velha e carcomida cartolagem, é uma decepção: sem autoridade, sem comando, parece ser mero títere dos burocratas da bola que ganham dinheiro no piloto automáticos dos contratos milionários do esporte. Neymar parece estar encerrando sua carreira junto com a biografia do futebol nacional, que respira por aparelhos a julgar pelos vexames que se amontoam desde a desclassificação humilhante para a Croácia na Copa do Qatar. Se ambos, Neymar e a Seleção, fecharam seus ciclos biográficos com capítulos deletérios, então é hora de conclamar: renasçamos, pois. De preferência, sem eles. Caso aceitem encarar o desafio e desmentir tudo o que desorganizaram até aqui, que venham juntos.











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