“Precisamos de uma polícia específica para acompanhar o extremismo de direita”, defende Pedro Serrano

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“Esse extremismo golpista que quer acabar com a democracia precisa ser acompanhado por uma polícia específica

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247 - Em entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247, o jurista Pedro Serrano defendeu a criação de uma polícia para combater o extremismo, seguindo o modelo da Alemanha, a partir da ascensão de partidos e movimentos de extrema direita, como o AfD, o NPD (considerado o sucessor do partido nazista).“Nós precisamos criar no Brasil o que tem na Alemanha: uma polícia específica para acompanhar esses extremismos. Esse extremismo contra Breno Altman, esse extremismo golpista que quer acabar com a democracia precisa ser acompanhado por uma polícia específica que acompanhe os que pregam violência. Extremista que prega a violência objetiva que convoca a realização de atos violentos é criminoso. Está na lei de defesa da democracia agora que se integrou o nosso Código Penal. É crime”, enfatizou o professor de Direito Constitucional da PUC de São Paulo, se referindo as ameaças e agressão que um integrantes de um grupo de WhatsApp fizeram ao jornalista Breno Altman, judeu e editor do Opera Mundi, que tem feito manifestações contra o "apartheid", o "estado colonial de Israel" e o "genocídio".“O Breno é agredido pelo fato de ter seu ponto de vista. Veja, é um ponto de vista que tenho divergências de mérito, mas acho um absurdo, inconstitucional, desumano e inaceitável esse tipo de postura de setores de ultradireita israelense”, acrescentou.Serrano fez questão de manifestar sua solidariedade ao jornalista Breno Altman, que classificou como “um participante do debate público de muito valor”.“Um sujeito desse acaba sendo ameaçado dessa forma bárbara. Eu fiquei estarrecido. Não se pode deixar gente como o Breno e Michel Gherman {professor da UFRJ] serem atacados pelos seus pontos de vista. Isso é uma perversão da vida política que não se deve admitir. É crime”, disse.