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Октябрь
2023

Indiciamentos de Bolsonaro e generais são ponto de partida para punir todos os envolvidos no golpismo de 8 de janeiro

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Se na hora decisiva os oficiais generais se recolheram às trevas, por medo ou por julgarem não haver condições conjunturais, constitui tema de apuração de responsabilidades
Autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, uma operação da Polícia Federal lança luz sobre possível braço, na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), dedicado a ações de espionagem contra opositores, autoridades do Judiciário e jornalistas. ocorrida ilegalmente durante o governo Bolsonaro (2019-2022).Dois oficiais de inteligência do órgão, Rodrigo Colli e Eduardo Izycki, foram demitidos e presos no bojo da operação que investiga a invasão de sistemas de GPS para rastrear celulares em operações secretas, ilegais, sem autorização judicial.Além das prisões preventivas, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão. Celulares teriam sido invadidos pela agência, responsável por municiar o presidente da República de informações, em cerca de 30 mil ocasiões, por meio de um sistema espião adquirido em Israel.A investigação pode avolumar ainda mais as conclusões sobre o uso da máquina do Estado durante o governo de Jair Bolsonaro na escalada em direção ao golpe de Estado afinal encetado nos ataques e atentados de dezembro e nas invasões devastadoras às sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário no dia 8 de janeiro em Brasília.O relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito criada para investigar os eventos conclui pela existência da trama golpista, responsabiliza 61 pessoas, dentre elas oito generais, numa conspiração de que participou o próprio ex-presidente da República.Trata-se de acusação gravíssima, exarada de órgão parlamentar colegiado, após meses de audiências e diligências. Sobre a natureza do crime imputado a Jair Bolsonaro, o único que se pode dizer é que constitui a mais grave violação que um chefe de governo pode cometer: a traição ao juramento de defesa do Estado democrático de direito.No relato contundente e corajoso da relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-PI), as conexões entre a intentona golpista e a série de eventos, capitaneados por Bolsonaro ao longo de seu mandato, tendentes a erodir a confiança nas urnas eletrônicas e na própria Justiça Eleitoral fica estabelecida de forma cabal.Trata-se de um trabalho exemplar, em especial porque lida com um golpe urdido nos mais altos escalões do Executivo, com a participação de órgãos de segurança, aparatos policiais e círculos militares em postos de comando.Se avançou muito, a CPMI, porém, não avançou tudo. Deixou de chamar para depor o líder maior da tentativa falhada de golpe, o próprio ex-presidente. Igualmente, não adentrou a evidente participação do comando das Forças Armadas na tentativa de virada de mesa. Trata-se de omissão grave, pois todos testemunharam a ordem unida dos comandos para que os quartéis hospedassem as hordas golpistas em seu entorno por pelo menos 70 dias entre a eleição e a posse. O fermento golpista se agigantou aí. Os chefes das Forças chegaram a emitir uma infame nota de apoio às turbas fascistas que se amontoavam em área militar.Chega a ser um escárnio o fato de que muitos desses mesmos generais prossigam em seus postos, tentando agora posar de defensores da mesma democracia que tentaram subverter. O rei está nu, todos o vêem assim, fingir que este bode não está na sala não terá o afastará.Se na hora decisiva os oficiais generais se recolheram às trevas, por medo ou por julgarem não haver condições conjunturais favoráveis à vitória, constitui tema de apuração de responsabilidades. É forçoso constatar doses de oportunismo e falta de coragem para assumir suas posições.Não devem, porém, restar áreas de sombra ou proteção aos golpistas ainda incrustados à máquina militar.O relatório da CPMI fez o que foi possível. Falta agora apoiar-se nele para submeter ao crivo da Justiça os integrantes da instituição militar na ativa, sejam quais forem os estamentos envolvidos.Sabe-se agora, por exemplo, que o Exército também comprou aparelhagem semelhante à da Abin para sua própria espionagem ilegal de celulares. O que a Justiça está esperando para penetrar este tabu através do qual a estabilidade da República brasileira se vê permanentemente ameaçada por surtos golpistas?










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