Ataque a escola de Sapopemba é o segundo caso em São Paulo e oitavo no país em 2023
247 - O ataque a tiros que deixou uma estudante morta e outras duas pessoas feridas na manhã desta segunda-feira (23) na Escola Estadual Sapopemba, localizada na zona leste de São Paulo, foi o oitavo incidente do gênero registrado no país apenas neste ano, diz o Metrópoles.Segundo dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro da Segurança Pública em julho, de 2002 a 2022, pelo menos 16 ocorrências semelhantes foram registradas no Brasil.Até então, o último atentado registrado em São Paulo havia acontecido na Escola Estadual Thomázia Monteiro, na Vila Sônia, zona oeste da capital, protagonizado por um adolescente de 13 anos armado com uma faca. Em março, o agressor invadiu a escola, atacando quatro professores e um colega. Uma das vítimas, a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, não resistiu aos ferimentos.Antes do incidente desta segunda-feira, casos recentes foram registrados em Minas Gerais e no Paraná. Em Poços de Caldas, um estudante de 14 anos foi morto com uma faca por um ex-aluno da Escola Profissional Dom Bosco. No Paraná, em junho, dois estudantes foram mortos a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody. O suspeito, um ex-aluno de 21 anos, foi encontrado morto na prisão dias depois.Em abril, em um outro caso chocante, um homem de 25 anos invadiu uma creche armado com uma machadinha e um canivete, resultando na morte de quatro crianças. O Fórum Brasileiro da Segurança Pública, ao divulgar o anuário em julho, alertou sobre a necessidade urgente de abordar o fenômeno.Motivados por discursos de ódio, bullying, racismo, misoginia, intolerância étnica ou religiosa, esses ataques demandam uma resposta pública que compreenda a complexidade do fenômeno. O Fórum destaca a importância de pesquisa e análise de informações para identificar as demandas prioritárias no enfrentamento desse problema.