PF investiga uso ilegal de sistema de rastreamento de celulares pela Polícia Militar de SP

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Operação de busca e apreensão amplia investigação da Abin e levanta suspeitas de outros órgãos públicos

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247 - No centro de uma ampla investigação de monitoramento ilegal, a Polícia Federal (PF) está apurando se a Polícia Militar de São Paulo também utilizou de forma indevida um sistema de rastreamento de celulares, destaca a GloboNews. Em uma operação realizada na última sexta-feira (20), agentes federais cumpriram dois mandados de prisão e vinte e cinco mandados de busca e apreensão, expandindo as averiguações que já envolviam a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).A suspeita que recai sobre a Polícia Militar de São Paulo é de que tenham empregado um sistema de rastreamento de celulares sem a devida autorização judicial, uma prática que, se confirmada, pode levantar questões sobre a legalidade de suas ações. A polícia militar tem como atribuição primordial a promoção da ordem pública e a realização de policiamento ostensivo, não incluindo a condução de investigações.Há a suspeita de que o Exército Brasileiro adquiriu a mesma ferramenta durante a intervenção militar no Rio de Janeiro, também sem a autorização necessária.A investigação da PF se estendeu ao acesso aos dados da empresa responsável pelo sistema First Mile. Os agentes efetuaram o download dos dados que estavam armazenados na nuvem em Israel e agora estão realizando uma análise detalhada de todo o material apreendido. O objetivo é identificar quais cidadãos foram monitorados ilegalmente pelos órgãos públicos, havendo suspeitas de que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares possam ter sido vítimas de escutas ilegais.