Doenças respiratórias crescem 30% em Campo Grande
O aumento dos casos de doenças respiratórias tem provocado uma sobrecarga no serviço de saúde de Campo Grande e, na Urgência e Emergência, houve um crescimento de mais de 30% na demanda, segundo a Prefeitura de Campo Grande. De acordo com dados da CUR (Coordenadoria de Urgência), entre 1º de janeiro e 19 de março, foram registrados 291.665 atendimentos nas seis UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e quatro CRSs (Centros Regionais de Saúde). Destes, 20% são referentes a atendimentos pediátricos, aproximadamente 56,4 mil crianças. Por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o município reforçou nesta terça-feira (28) medidas de prevenção da SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), em função do avanço de notificações e internações, especialmente em crianças. Segundo declarado pela superintendente de Vigilância em Saúde da pasta, Veruska Lahdo, neste momento, é essencial prestar mais atenção às formas de prevenção, como o reforço da higiene pessoal e etiqueta respiratória, associada à vacinação. A secretaria também orienta que pais e responsáveis busquem as unidades de urgência somente em situações de maior gravidade. Quadros leves podem ser direcionados às unidades da Atenção Primária, evitando assim longas esperas por atendimento. O uso de máscaras de proteção facial continua sendo recomendado para sintomáticos respiratórios, indivíduos com fatores de risco, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades. O equipamento deve ser usado em situações de maior risco de contaminação, como locais fechados e mal ventilados com aglomeração, além de serviços de saúde. Conforme boletim epidemiológico do CIEVS-CG (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), entre 12 de fevereiro e 18 de março, foi possível observar aumento de internações de crianças de zero a nove anos, em decorrência de quadros de SRAG. Em relação a 2023, foram detectados 32 casos de vírus respiratórios com análise laboratorial, sendo 53% do tipo VSR (Vírus Sincicial Respiratório). Outros 40,7% identificados como rinovírus e os demais como covid-19 e influenza B. A tendimento - Atualmente, mais de 60% dos pacientes atendidos nas UPAs e CRSs são classificados como azul e verde e poderiam ter os seus casos resolvidos nas unidades básicas e de saúde da família. O município conta com 74 unidades básicas e de saúde da família espalhadas pelas sete regiões e distritos. Todas unidades fazem o acolhimento à chamada demanda espontânea, ou seja, sem a necessidade de agendamento. Além de reforçar os quadros das unidades com a convocação de profissionais aprovados em concurso e de processo seletivo, a Sesau tem feito o encaminhamento de equipes de apoio às unidades, que são acionadas diante da necessidade. Estas equipes são designadas para atuar nas UPAs e CRSs que estejam sobrecarregadas e, consequentemente, onde há um número maior de pacientes aguardando por maior tempo. Outras medidas estão sendo avaliadas pelo município.