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Декабрь
2023

Motosserra de Milei provocará mais inflação, pobreza e recessão

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O plano ultraortodoxo de Milei gerou fortes críticas e preocupação no país As medidas de arrocho, anunciadas pelo ministro da Economia, Luís Caputo, na terça-feira (12), geram forte temor em vários setores do país. Na sua mensagem gravada, Caputo reconheceu que a situação dos argentinos ficará ainda pior do que o já delicado quadro atual. Os preços das passagens dos transportes públicos, da energia elétrica e do gás vão disparar, a partir do dia primeiro de janeiro, em um momento em que o bolso dos argentinos não acompanha o ritmo das remarcações de preços. Com as novas medidas e a liberação dos preços, que estavam congelados ou controlados, os economistas estimam que a inflação anual de 160,7%, até novembro deste ano, passará para 200%. Em novembro o índice foi de 12,8%, de acordo com informação oficial divulgada nesta quarta-feira. Para justificar o sabor amargo das medidas da ‘era Milei’, o ministro Caputo manteve a linha do discurso de posse de Milei, no domingo (10), quando o novo presidente argentino falou de costas para o Congresso Nacional e olhando para seus apoiadores, reunidos sob sol forte na praça em frente ao parlamento. No domingo, Milei disse que, se nada fosse feito, a inflação chegaria a 15 mil porcento. Na terça, Caputo também afirmou que, se nada fosse feito, o preço do leite saltaria de 400 pesos para 60 mil pesos. A fórmula é gerar medo extremo nos argentinos para justificar o severo ajuste em tempos já tão difíceis para os que, em muitos casos, mesmo trabalhando são definidos como pobres, de acordo com dados oficiais. O economista Juan Carlos de Pablo, que é amigo de Milei e costuma ser consultado por empresários e pela imprensa local, disse após os anúncios de Caputo que a dose cavalar pode acabar piorando ainda mais a crise argentina. “O risco é que exista exagero na forma de se comunicar e justificar as medidas e das próprias medidas provocarem algo pior ainda”, disse. Para o analista e consultor econômico, “o discurso sangue, suor e lágrimas não é um programa de governo”. Nas filas dos ônibus, na manhã desta terça-feira, em Buenos Aires, os que dependem do transporte público (são milhares) estavam preocupados. Como continuarão viajando a partir do esperado aumento das passagens, se os salários não subirem? “Vou ter que passar a vir trabalhar de bicicleta. O problema é que moro muito longe”, disse um senhor. “Pego três ônibus para chegar à capital (Buenos Aires), vou ter que deixar meu trabalho”, disse uma senhora. Em Buenos Aires, o preço da passagem de ônibus é de cerca de 56 pesos e passaria para 550 pesos, se o governo acatar o pedido do setor empresarial. As medidas levaram a maior central sindical do país, a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), de predomínio peronista e opositor a Milei, a convocar uma reunião de emergência para definir como reagir diante dos anúncios do novo governo. “Não ao fim dos contratos de trabalho”, afirma a entidade. Entre as dez medidas de Caputo está também a decisão de não renovar os contratos com os que passaram a trabalhar para o Estado há menos de um ano. Em um país onde o sindicalismo é amplo e forte, as atenções também estão voltadas para este âmbito social. Ao mesmo tempo, a União dos Trabalhadores da Economia Popular (UTEP), que reúne setores dos movimentos sociais, também analisa como atuar diante da expectativa de uma nova e mais intensa espiral inflacionária. Na terça-feira, logo após os anúncios de Caputo, ocorreram dois fatos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou comunicado elogiando as medidas – muitas delas precisam da aprovação do Congresso Nacional, onde Milei não tem maioria. O outro fato foi a participação de Milei em uma cerimônia judaica transmitida ao vivo por alguns canais de televisão logo após a mensagem gravada do ministro da Economia, que foi da equipe econômica do ex-presidente Mauricio Macri. São apenas as primeiras cenas de um governo em seu terceiro dia de gestão na Casa Rosada. E que em seu primeiro pacote econômico mostrou que ‘a casta’, tão citada por Milei na campanha, não está pagando essa conta. Até aqui, o ajuste será no já sofrido bolso dos argentinos. Outra palavra tão repetida por Milei na campanha – ‘dolarização’ – foi substituída por ‘desvalorização’. O dólar oficial saltou de cerca de 370 pesos para 820 pesos nesta quarta-feira.










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