O subprocurador é criticado por parte da esquerda brasileira por seu histórico de posicionamentos conservadores
247 - Durante a sabatina desta quarta-feira (13) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, indagado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) sobre seu posicionamento em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, o subprocurador Paulo Gonet, indicado pelo presidente Lula (PT) à Procuradoria-Geral da República (PGR), evitou se manifestar de forma contundente e afirmou que não pode contrariar aquilo que for decidido pelo Congresso ou pelo Supremo Tribunal Federal.
“Como jurista, eu sou afeito ao que vossas excelências decidem, ao que o Supremo decide. […] Não posso ser contra aquilo que foi decidido por vossas excelências e não posso ser contra aquilo que o [STF] Supremo Tribunal Federal decide", disse Gonet, de acordo com o portal Poder 360.
O subprocurador é criticado por parte da esquerda brasileira por seu histórico de posicionamentos conservadores. Ele, no entanto, afirmou não se opor à criminalização da homofobia: “não sou contra a criminalização da homofobia. Em relação às relações familiares, creio que estamos em um momento que essas situações estão regradas pela lei e [eu] não teria interesse de agir de modo contrário”.
“Eu acho que seria tremendamente injusto que duas pessoas que vivem em conjunto, que vivem juntas, que vivem como se fosse uma unidade familiar não tivessem nenhum reconhecimento desse fato; que, diante de uma separação, não tivessem nenhuma regração do Estado para protegê-los”, acrescentou.