Agentes estão cumprindo quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Justiça também determinou o bloqueio de mais de R$ 240 milhões dos envolvidos no esquema
247 - A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (14)a Operação Forja de Hefesto com o intuito de desarticular um o esquema de financiamento e exploração de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Os agentes estão cumprindo quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão em Boa Vista (RR), Ariquemes (RO), e Ribeirão Preto (SP), sob a autorização da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima. A Justiça também determinou o bloqueio de mais de R$ 240 milhões dos envolvidos no esquema.
Segundo a PF, as investigações revelaram complexas transações financeiras relacionadas à venda de cassiterita extraída ilegalmente da terra indígena para um dos maiores produtores mundiais de estanho. Somente durante um período de cinco meses, em 2021, mais de R$ 166 milhões em cassiterita teriam sido adquiridos.
A empresa, por sua vez, não verificava a origem do mineral comprado e realizava transações com uma mineradora que possui matriz em Rondônia e filial em Roraima, onde não há garimpos legais. O mineral processado era posteriormente exportado, sendo adquirido por grandes multinacionais, inclusive por grandes empresas de tecnologia, as chamadas “big techs”.
Além disso, suspeitos identificados estariam envolvidos na venda de maquinários para garimpos ilegais na TIY, os quais comercializavam a cassiterita extraída ilegalmente junto a intermediários responsáveis por "lavar" o minério. Essa prática consistia no uso de empresas que possuem lavras regulares em outros estados para dar uma aparência legal à atividade criminosa.
A Justiça determinou a suspensão das atividades da mineradora investigada, que possui mais de 150 processos minerários, incluindo autorizações para pesquisa e exploração de minérios.
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247 - A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (14)a Operação Forja de Hefesto com o intuito de desarticular um o esquema de financiamento e exploração de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Os agentes estão cumprindo quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão em Boa Vista (RR), Ariquemes (RO), e Ribeirão Preto (SP), sob a autorização da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima. A Justiça também determinou o bloqueio de mais de R$ 240 milhões dos envolvidos no esquema.
Segundo a PF, as investigações revelaram complexas transações financeiras relacionadas à venda de cassiterita extraída ilegalmente da terra indígena para um dos maiores produtores mundiais de estanho. Somente durante um período de cinco meses, em 2021, mais de R$ 166 milhões em cassiterita teriam sido adquiridos.
A empresa, por sua vez, não verificava a origem do mineral comprado e realizava transações com uma mineradora que possui matriz em Rondônia e filial em Roraima, onde não há garimpos legais. O mineral processado era posteriormente exportado, sendo adquirido por grandes multinacionais, inclusive por grandes empresas de tecnologia, as chamadas “big techs”.
Além disso, suspeitos identificados estariam envolvidos na venda de maquinários para garimpos ilegais na TIY, os quais comercializavam a cassiterita extraída ilegalmente junto a intermediários responsáveis por "lavar" o minério. Essa prática consistia no uso de empresas que possuem lavras regulares em outros estados para dar uma aparência legal à atividade criminosa.
A Justiça determinou a suspensão das atividades da mineradora investigada, que possui mais de 150 processos minerários, incluindo autorizações para pesquisa e exploração de minérios.