Deputado estadual sempre negou a denúncia com veemência
Agenda do Poder - A Justiça Federal determinou o arquivamento da denúncia feita contra o deputado estadual Carlos Minc (PSB) por Carlos Miranda, operador financeiro da organização comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral. Em 2018, em delação premiada, Miranda afirmou que Minc e Marilene Ramos, ex-diretora do BNDES e ex-presidente do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), teriam recebido R$ 300 mil da construtora Queiroz Galvão pelas obras de dragagem do Canal do Cunha e da construção da Ponte de Saber, na Ilha do Fundão. As investigações, no entanto, não confirmaram a acusação feita pelo delator, o que levou o Ministério Público Federal a pedir o arquivamento, concedido pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Minc, que foi Secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, sempre negou a denúncia com veemência. “O delator diz que soube de alguém, mas não sabe quando, onde e de que forma”, afirmou Minc na ocasião. Minc lembrou que a dragagem do Canal de Cunha sequer foi licitada pela secretaria, mas por uma fundação ligada à UFRJ.
O deputado afirmou ainda que, na época do suposto pagamento de propina, nem estava no Rio: era ministro do Meio Ambiente do governo Lula. “A única grande licitação da Queiroz Galvão na SEA (Secretaria Estadual do Ambiente), as obras de recuperação do complexo lagunar da Barra/Jacarepaguá, foram canceladas por mim, no dia seguinte, por conta de uma suspeita de formação de cartel, com indícios apontados pela revista Época. Apesar de ainda não haver provas, e da importância da obra, não hesitei em cancelar a licitação e enviar no mesmo dia o processo ao MP e ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)”.
