Ex-juiz parcial enfrenta repercussões políticas após demonstração de 'civilidade' durante sabatina de indicado ao STF
247 - A estratégia adotada pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR) durante a sabatina de Flávio Dino na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado teve como base um conselho fornecido por Davi Alcolumbre, presidente do colegiado, destaca o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles. Antes do evento, Alcolumbre compartilhou com Moro a importância da votação para definir o futuro político do ex-juiz parcial diante das esferas de poder, especialmente os ministros do STF.
O presidente da CCJ destacou que aquele momento seria a oportunidade de Moro demonstrar que tipo de oposição ele estaria disposto a liderar no Senado. A indicação de Dino para o STF contava com o apoio de Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, tornando a votação um ponto crucial para posicionar Moro no cenário político, destaca a reportagem.
Alcolumbre também ressaltou a Moro a importância de não se alinhar de forma radical ao bolsonarismo, sugerindo que o ex-juiz possuía credenciais para liderar uma vertente de direita moderada.
A atitude de Moro ao interagir de forma amistosa com Dino durante a sabatina causou polêmica entre os apoiadores de Bolsonaro. O senador foi flagrado conversando e trocando abraços com o indicado de Lula, o que gerou reações negativas entre alguns setores.
Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, expressou sua profunda decepção com a postura de Moro no Senado, acreditando que a intenção do ex-juiz foi enviar sinais ao STF para evitar a cassação de seu mandato.
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