Abbas volta a condenar genocídio em Gaza e critica os EUA por apoiarem Israel

“O nosso povo nunca testemunhou uma guerra como esta, nem mesmo na Nakba”, afirma o presidente palestino Prensa Latina - O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou nesta quarta-feira (27) que a ofensiva militar contra a Faixa de Gaza é uma guerra genocida, ao mesmo tempo que criticou mais uma vez o apoio dos Estados Unidos a Israel. “O nosso povo nunca testemunhou uma guerra como esta, nem mesmo na Nakba (catástrofe, em árabe) de 1948”, destacou o presidente, referindo-se à criação do Estado de Israel e à expulsão de centenas de milhares de palestinianos. Numa entrevista à estação de televisão egípcia ON, o presidente questionou os vetos de Washington a diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU para pôr fim ao conflito.  “Cada vez que o mundo, o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral das Nações Unidas procuram parar esta guerra, os Estados Unidos respondem com um veto, recusando-se a parar a luta”, sublinhou. Abbas destacou que mais de 20 mil palestinos foram mortos e outros 60 mil ficaram feridos nos ataques israelenses desde o dia 7 de outubro.  Alertou que aquele país procura expulsar a população da Faixa de Gaza e da Cisjordânia com o objectivo de eliminar a causa palestiniana, observou. “Estão a trabalhar para empurrar os residentes do enclave costeiro para a vizinha Península do Sinai”, disse ele, ao mesmo tempo que agradeceu às autoridades egípcias por rejeitarem categoricamente essa estratégia. Abbas confirmou que o seu governo está pronto para reiniciar as conversações de paz, com base nas resoluções relevantes do Conselho de Segurança, que exigem a criação de um Estado Palestino que inclua Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. No entanto, duvidamos da vontade de Israel de regressar à mesa de negociações, disse ele.