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Январь
2023

Batalhão Maria da Penha acompanhou uma mulher vítima de violência a cada 30 minutos em 2022

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Número de medidas protetivas protocoladas pela corporação aumentou 10,2%

A cada 30 minutos uma mulher precisou ser acompanhada pelo Batalhão Maria da Penha (BPM) em 2022. O número, no total, ultrapassa a marca de 16,8 mil mulheres atendidas pela corporação em Goiás. Por hora, foram dois acompanhamentos, totalizando 46 por dia e 1.386 por mês. O trabalho é feito de forma presencial (11.246) e remota (3.192). 

O batalhão, inclusive, também registrou aumento de 10,2% no número de medidas protetivas protocoladas. A cada três horas uma mulher precisou solicitar a medida contra o companheiro por medo de ser agredida ou para se prevenir de futuras agressões ou ameaças.

Ou seja, o BMP registrou 9 medidas protetivas por dia, protocolando, em média, 270 ordens judiciais mensalmente. Em todo o decorrer de 2022 foram contabilizadas 3.192 medidas. Em 2021, por outro lado, o número chegou a 2.896 registros.

“A violência doméstica é a mais democrática que existe. Ela não escolhe cor, raça ou nível social. Temos assistidas desde o Jardim Cerrado até o Aldeia do Vale. Não há um perfil. Ao perceber que o companheiro é violento, que trata mal os familiares, é preciso terminar. Ao sofrer, pela primeira vez, qualquer tipo de violência, termine. Ele não vai mudar”, conta a comandante do BMP, Major Marinéia Mascarenhas Bittencourt.

Prisões

A corporação, inclusive, também foi responsável pela prisão de 65 agressores que descumpriram a medida protetiva de urgência, de acordo com a Major. Houve, ainda, o registro de 31 apoios do BPM a oficiais de justiça para afastamento compulsório do lar.

Marinéia explica que o batalhão tem como objetivo acompanhar e instruir mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Nesta terça-feira, 3, por exemplo, um homem foi preso pelo BMP, após a mulher dele, de 28 anos, cortar os próprios pulsos para ser levada ao hospital e conseguir denunciar que sofria violência doméstica, em Goiânia. 

Ela contou à equipe médica que era agredida e que estava em cárcere privado sem contato com a família. Ao tomar conhecimento da situação, os profissionais chamaram a PM. Ariston Alves Meira Filho foi preso em flagrante. Ao desconfiar da denúncia, ele tentou arrancar a vitima da maca e levá-la embora à força do hospital.

Durante o atendimento, ela contou a um dos enfermeiros que já estava cansada de sofrer durante os 10 meses que estava ao lado de Ariston e que, por isso, tomou a atitude para que ele a levasse ao hospital ou a deixasse morrer.

“Há um ciclo da violência doméstica com três estágios. O cara já não chega batendo na mulher, ele começa com xingamentos. Depois ele parte para a agressão física e por fim vem a ‘lua de mel’. O agressor, nesta fase, se mostra arrependido e faz promessas. Aí começa o ciclo novamente e pode acabar em feminicídio se a mulher não denunciar”, diz.

Como solicitar a medida? 

A comandante explica que a mulher pode solicitar a medida protetiva durante um flagrante ou ir em uma delegacia pedir a ordem judicial. No local, a mulher deve responder algumas perguntas como se é vítima de agressão e se irá precisar de ajuda financeira. 

As mulheres vítimas de violência que são assistidas pelo batalhão podem solicitar ajuda com despesas. Em 2022, por exemplo, foram entregues cerca de 450 cestas básicas pela corporação, além de brinquedos e roupas as crianças.

“A média tem um prazo que varia de 45 a 180 dias. Quando está próximo do fim deste prazo, a gente entra em contato com a vítima para que ela possa prorrogar a ordem”, concluiu.











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