Moradores que sonhavam com rua asfaltada acabam ganhando cratera

Moradores do cruzamento das ruas Pinheiro Machado com a Água Funda, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, sonhavam com uma via asfaltada, mas acabaram ganhando de presente uma cratera enorme.  O representante do bairro Juliano Alexandre D’avila explicou que não existe a rua Pinheiro Machado, porque no lugar dela há uma cratera gigante e que problema persiste há cerca de 2 anos. “Quando chove os moradores ficam sem rumo”, reclamou. No GPS, a Pinheiro Machado aparece com 3 quadras, uma delas, é onde está localizado o buracão.  Juliano isolou o espaço colocando uma fita para evitar a passagem de pedestres. Depois do buracão, a via vira Avenida Flores da Cunha, que vai dar próximo ao Complexo Penitenciário, na Rua Indianápolis. “A situação é confusa até para os Correios que não acham o endereço de quem mora aqui”, lamentou o caseiro de uma empresa na região, Aguinaldo Coelho, de 46 anos.  Segundo Jhonatan Andrade, de 25 anos, dono de uma marcenaria, na última chuva viu a enxurrada levar as madeiras que ficam no seu quintal para o buraco. Jéssica, mulher dele, disse que a família já pensou em fazer um muro para isolar o buraco, porque tem três filhos pequenos e tem medo de que um acidente aconteça. “Não ia adiantar. O buraco está vindo em direção a nossa casa”, afirmou.  Segundo os moradores, anos atrás, a prefeitura jogou areia para aterrar o buraco, mas não adiantou, a cada chuva a cratera aumenta de tamanho. "Se a chuva carrega até pedras e tudo o que vê pela frente, porque não levaria um monte de areia?”, questionou. A reportagem encaminhou e-mail para a prefeitura questionando a situação e aguarda retorno.  Crateras - O que não falta é erosão pelas ruas do Jardim Noroeste. A situação piorou ainda mais após a chuva da última quarta-feira (4). Na Rua Piraputanga, uma cratera se abriu com a força da enxurrada e ameaça engolir o muro de uma casa no local.  Outra situação preocupante é no cruzamento das ruas Padre Burnier com a Alzira Brandão. Galhos de árvores caíram sobre uma tubulação que passa pela nascente do Córrego Lageado. Segundo o pedreiro Paulo Sérgio Nunes, de 63 anos, cada vez que chove a erosão aumenta porque não há manutenção.