Joe Biden sofre pressão para expulsar Bolsonaro dos Estados Unidos
Dia de terror em Brasília incomodou políticos locais, que assemelham a atitude com a invasão do Capitólio
A pressão para que determine a expulsão do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) tem aumentado nos Estados Unidos, país para o qual o então chefe do Executivo brasileiro viajou dois dias antes de finalizar seu mandato. O presidente norte-americano Joe Biden tem sido instigado por membros de seu próprio partido, o Democrata.
Enquanto alguns congressistas democratas defenderam abertamente a sua deportação, depois que milhares de apoiadores atacaram as sedes do Congresso, da Presidência e do STF em Brasília, seus colegas republicanos providencialmente silenciaram, segundo o blog da jornalista Sandra Cohen, hospedado no g1.
As imagens de depredação e violência do último domingo (8) em Brasília acontecem dois anos após a invasão do Capitólio. Americanos veem semelhanças entre os atos, já que os agentes da violência lá também contestavam o resultado das eleições democráticas que elegeram Biden. O atual presidente dos EUA venceu a disputa com Donald Trump, político o qual Bolsonaro sempre demonstrou apreço.
A situação de Bolsonaro no país mudou desde então, o ex-presidente brasileiro virou persona non grata nas redes sociais.
“Os EUA não devem ser um refúgio para este autoritário, que inspirou o terrorismo doméstico no Brasil. Ele deveria ser mandado de volta ao Brasil”, vociferou o congressista democrata Joaquín Castro à CNN. O apelo encontrou eco entre as deputadas Alexandria Ocasio-Cortez e Ilham Omar, que pertencem à ala mais à esquerda do partido de Biden.
Bolsonaro passou a ser retratado como fugitivo, incitador da violência e mentor da tentativa fracassada de golpe.
O presidente Biden, a vice Kamala Harris e os principais funcionários do governo americano não hesitaram em condenar rapidamente os tumultos em Brasília como ataques à democracia brasileira e manifestar apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.